Antonia, 1995, Drama/Comédia.
Com: Willeke van Ammelrooy, Jan Decleir, Veerle van Overloop, Dora van der Groen, Marina de Graaf, Wimie Wilhelm e Thyrza Ravesteijn.
Em seu leito de morte, Antônia tem sua vida passada aos olhos, diante de sua amada família.
Morando em uma vila conservadora, mas ciente de tudo o que se passa silenciosamente com seus habitantes.
Antonia chega com sua filha Danielle para viver em sua cidade natal. E nela, amizades, amores, desamores, vinganças e vidas, vão se entrelaçando e tecendo uma linda colcha de sentimentos, ligações de afeto e lembranças.
Minha Opinião SEM SPOILER:
Já aviso que esse não é um filme lésbico. Mas é um dos filmes mais lindos que já vi na vida e por ter um casal de lésbicas no meio da história (apesar de não aparecerem muito), achei que deveria ser postado aqui.
É um filme de 1995 e que em '96, ganhou mais que merecidamente o Oscar de melhor filme falado em língua estrangeira.
E ele não é bom porque ganhou um Oscar, ele é bom por que ele É muito bom!
Tenho certeza que quem o assistir irá como eu, se emocionar, eternizar, chorar, se revoltar e rir com esse lindo filme holandês.
SUPER RECOMENDO, mas lembrem se apesar dele estar em todas as listas de filmes lésbicos, ele não é um filme lésbico, e pra época em que ele foi feito (lembrando que foi um período pré-Ellen, portanto tudo o que envolvia o mundo LGBT, era "escondido") até que a diretora (que em 2007 dirigiu o segundo episódio da quarta temporada de The L Word), ousou pra caramba.
Beijos,
Mari
.
UAU! Foi essa frase que saiu da minha boca ao terminar de assistir esse filme.
ResponderExcluirFaz um bom tempo que ouvi falar de dois filmes que tinham ganho o Oscar de melhor filme estrangeiro. Um deles é esse, e o outro é a Festa de Babete. A amiga que me indicou tais filmes, conhecendo os meu gosto por filmes desse gênero, afirmou com certeza que eu adoraria os dois. A festa de Babete eu o vi e fiquei encantada com a história sensibilizante. A excêntrica família de Antônia tive o prazer de encontra-lo neste blog.
Confesso que até mais ou menos uns 30 minutos do filme não achei que era tudo o que diziam dele, mas como no filme os anos foram passando, assim que os minutos foram se desenrolando no filme, fui ficando cada vez mais tocada, mais encantada por ele.
É um filme forte, impressionante e abrangente, que mostra uma realidade que vemos até hoje. Ele é contado pela bisneta da Antônia, isso feito no ano de 1657.
Refleti sobre o mesmo e pude perceber que a violência e os abusos dos homens contra as mulheres continuam iguais, aliás, acho que nos dias atuais as práticas contra o chamado "sexo frágil", se revestiram mais ainda de requintes de crueldades.
As mulheres continuam sendo tratadas como objetos, são subjugadas, ganham menos para realizar uma tarefa igual a dos homens, sofrem violência doméstica, e também continuam sendo estupradas. Tudo isso é mostrado nesse impactante filme, mas ele é doce quando mostra a força da mulher e como se ela quiser, e sem depender do chamado: "cabeça da casa" ou "macho alfa", consegue sair vitoriosa de qualquer situação que se encontre, principalmente as adversas. É a força ferrenha e inata que a mulher traz consigo.
Amei demais as citações filosóficas de Nietzsche e Schopenhauer. Schopenhauer sempre me chamou a atenção em época que tive desejos de cursar filosofia. Ele tem compêndios que tratam filosoficamente sobre a vontade e sobre o amor.Me permitam citar os dois:
"A VONTADE é a expressão fenomenológica do ser humano, ao mesmo tempo FORÇA MOTRIZ de sua existência e razão de um sofrimento que vem a ser intrínseco à vida". Concordo plenamente com ele.
E sobre o AMOR ele define como: "Um sentimento nada mais do que um impulso da própria espécie humana, ou seja, algo utilizado para que as pessoas possam encontrar um par e dar continuidade à especie".
É lógico que discordo totalmente dele tanto no âmbito que engloba todos os seres humanos héteros, visto que tem casais que se unem pelo sentimento do amor e que de comum acordo decidem não ter filhos.
E discordo mais ainda quanto aos seres humanos homossexuais, visto ser impossível se perpetuar a espécie com pares iguais,biológimente falando, mas que se amam verdadeiramente.
Finalizando, meus olhos se encantaram em ver cavalos holandeses no filme, raça maravilhosa. Amo de paixão os cães e os cavalos, mas moro em um apartamento, o viável então são os nossos peludinhos de 04 patas.
Resumindo; o filme é poético, tem gosto de saudades, a fotografia é bela e puramente melancólica, mas absurdamente deslumbrante. E seu tivesse que mudar o nome do filme, em vez de titula-lo como A Excêntrica Família de Antônia, eu daria o título de: A Fantástica Família de Antônia.
Assistam, tenho certeza que irão gostar, eu amei.